Falar sobre instrumentais odontológicos significa fazer uma viagem no tempo que pode atravessar alguns séculos inclusive rompendo os limites da implantação de uma odontologia regulamentada por leis de um país ou mesmo por currículos implantados pelas Instituições que regulamentam o ensino da odontologia.

No passado, a prática da odontologia era realizada de forma rudimentar e artesanal por pessoas sem qualquer formação na área, mas que tinham coragem para tal e principalmente ferramentas muitas vezes com formatos adequados. As extrações eram de longe a atividade mais executada por exigir apenas força e uma ferramenta adequada.

No Britsh Dental Museum em Londres tem um cartaz de uma oficina de ferreiro que diz: “Eles tinham todas as ferramentas certas, infelizmente para os pacientes todo o treinamento errado”, que destaca bem esta característica do passado medieval na qual estes espaços eram utilizados para a realização de extrações dentárias.

Felizmente isto ficou no passado, passado este que vale a pena conhecer, já que nas últimas décadas, com a evolução da tecnologia, novos instrumentais foram desenvolvidos não apenas com formas adequadas para cada procedimento mas também com a utilização de materiais muito mais resistentes para as exigências no uso de cada especialidade.

O aprimoramento no desenho que culminou com o desenvolvimento de instrumentais com formatos menos volumosos e mais delicados, não significou a perda de resistência dos mesmos, mas sim a incorporação de tecnologias mais avançadas, como a do CAD-CAM, já que a computadorizarão hoje ocupa todos os espaços das áreas do conhecimento.