MOSC, preservar o passado é conquistar o futuro.

Acervo Museológico

 

A evolução da Odontologia como ciência pode ser marcada desde 1756, quando o alemão Philip Pfaff publicou conceitos básicos para confecção de próteses dentárias. Uma ciência eminentemente prática, a utilização de recursos eletrônicos e de computação esteve sempre um passo atrás da evolução destas tecnologias. No entanto existem relatos na história que desde 1794 as confecções de coroas de porcelana já são utilizadas. Cadeiras odontológicas, específicas para serem utilizadas na profissão e totalmente mecânicas, são datadas de 1790. No início fixas e feitas em madeira, a partir de 1892 ganharam alavancas para controlar alguns movimentos. Artefatos com cordas e pedais, com o objetivo de movimentar uma broca, traziam o terror para quem necessitasse de cuidados odontológicos, sendo este o último recurso frente a um quadro de dor intensa.

A introdução da eletricidade no ambiente odontológico inicia uma mudança de comportamento no uso das tecnologias voltadas ao tratamento odontológico. Na década de 1950 o desenvolvimento dos motores de rotação, movimentados a ar comprimido revolucionam os preparos de cavidades.

No entanto, é a partir da década de 1980, com o advindo da computação e sua incorporação pela odontologia que a evolução da ciência começa a dar saltos. A complexidade do uso da eletrônica, devido aos constantes avanços tecnológicos, fez com que a odontologia também se beneficiasse da utilização de seus equipamentos, que se incorporaram praticamente a todas as especialidades da ciência odontológica. Podemos citar vários exemplos desta evolução que vieram não somente simplificar o ato odontológico, mas melhorar a sensação de desconforto e dor pelo paciente.

No início da década de 1980 o escaneamento e digitalização de imagens começou a dar seus primeiros passos no sentido de transferir a realidade intrabucal para uma tela de computador e poder alterar e trabalhar em um fluxo totalmente digital.

O diagnóstico das desmineralizações realizado por aparelhos a laser, com a possibilidade de mensurar o grau de profundidade das cavidades, no final da década de 1990, auxiliou o diagnóstico.

A própria utilização de potentes aparelhos a laser permitiu cirurgias menos cruentas, e preparos cavitários com economia de desgaste. No entanto estes aparelhos de alta potência, ou devido ao seu custo ou a complexidade da sua utilização, não se popularizaram. Porém os aparelhos a laser de baixa potência são, nos dias atuais, os grandes aliados no tratamento e cicatrização de lesões na boca.

A anestesia eletrônica, simplificou uma das rotinas estressantes para o CD. Um equipamento eletrônico controla a injeção, tornando a infiltração do líquido anestésico controlada, mais confortável e segura. Uma tela pode controlar eletronicamente a dosagem desejada e indicada a ser aplicada.

Um dos grandes avanços que a eletrônica possibilitou na odontologia foi na especialidade de radiologia. Tomografias, imagens em 3D, através da sobreposição de programas de imagem 3D e digitalização de imagens possibilitou a transformação do planejamento cirúrgico. A radiografia digital não somente melhorou a qualidade de imagens, mas possibilitou que a tecnologia suja de revelação das películas fosse eliminada. Em pouco tempo a utilização de câmeras escuras, reveladores e fixadores serão coisas do passado, lembrada somente pela história da odontologia.

Os microscópios e as lentes de aumento, que possibilitam uma maior visualização dos campos de trabalho, principalmente na endodontia, trouxeram precisão e rapidez ao tratamento que antes se valia muito do tato do profissional e de sua experiência.

A sedação consciente, com a utilização de óxido nitroso e oxigênio trazem tranquilidade e controle ao paciente e reduzem o medo permitindo que fique consciente e colaborador.

Óculos de realidade virtual tem sido utilizado como técnica de distração, principalmente em odontopediatria, diminuindo fatores desencadeadores da ansiedade e do medo durante o ato operatório. A digitalização de imagens, a odontologia digital, permite que o paciente veja como vai ficar seu tratamento, antes de inicia-lo. O escaneamento de arcadas e preparos, juntamente com softwares e fresadoras levam o laboratório para dentro dos consultórios, com economia de tempo de provas de coroas e próteses. A tecnologia DSD (Digital Smiles Desing) faz com que o paciente participe do planejamento ativamente na mudança do seu sorriso.

O tempo destas evoluções talvez seja a parte mais impressionante. Tecnologias que hoje são consideradas modernas, amanhã já entram em desuso. A Odontologia tem acompanhado estas evoluções eletrônicas procurando melhorar seus conceitos de tratamento e principalmente, deixando a vida de seus pacientes mais simples e satisfeita.

Equipamento Fotográfico Analógico Dental Eye II

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