Publicado em 1937 por Albert Caldas, Roentnographia Dentária é uma das primeiras obras brasileiras dedicadas ao uso dos raios-X em odontologia.
O livro consolidou a radiografia como ferramenta essencial para diagnósticos mais precisos e seguros, marcando um avanço fundamental na prática clínica.
Contexto Histórico
A roentnographia dentária refere-se à aplicação pioneira dos raios-X na odontologia, tecnologia descoberta em 1895 por Wilhelm Conrad Roentgen. Desde então, a radiografia tornou-se uma ferramenta essencial para o diagnóstico odontológico, revolucionando a prática clínica ao permitir visualizar estruturas internas invisíveis ao exame clínico direto.
No Brasil, a obra “Roentnographia Dentária” de Albert Caldas, publicada em 1937, representa um marco histórico, consolidando o uso sistemático da radiografia odontológica no ensino e na prática clínica. Trata-se de um dos primeiros registros bibliográficos nacionais dedicados exclusivamente ao tema.
Uso na Prática Odontológica
Na época, as radiografias dentárias eram utilizadas principalmente para diagnóstico de cáries ocultas não detectáveis apenas pelo exame visual, avaliação de fraturas dentárias e maxilares, análise de processos infecciosos, como abscessos e lesões periapicais, como também, estudo das estruturas ósseas para planejamento de extrações, próteses e cirurgias.
Apesar de seu grande impacto, havia também desafios, como a limitação dos equipamentos, maior tempo de exposição e preocupações com a segurança radiológica, aspectos que gradualmente evoluíram com o avanço da tecnologia.
Impacto no Desenvolvimento da Odontologia
O livro de Albert Caldas é considerado uma obra pioneira da literatura odontológica brasileira, pois sistematizou conhecimentos sobre o uso do raio-X em odontologia, introduzindo recomendações técnicas e de segurança em um período em que o uso ainda era recente e experimental. Serviu como referência para formação acadêmica de gerações de cirurgiões-dentistas e ampliou o papel do diagnóstico por imagem na odontologia nacional.